sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Rio de Janeiro e Acessibilidade


Hoje continuo escrevendo sobre uma das minhas cidades favoritas: Rio de Janeiro.
O Rio da Bossa, das crônicas de Rubem Braga e de tanta poesia (deve ser a cidade mais inspiradora do mundo!) agora tem a missão de tornar-se também uma cidade mais acessível.
Com os jogos olímpicos e paraolímpicos de 2016, torna-se urgente melhorar as condições de acessibilidade e transporte na cidade maravilhosa. Segundo consta, há poucos ônibus acessíveis e muitas calçadas que impedem o acesso de pessoas com mobilidade reduzida.
Mas já coisas a comemorar. No forte de copacabana, por exemplo, já é possível chegar à confeitaria colombo e desfrutar de uma linda paisagem. Subir no pátio dos canhões ainda não é missão para todos!

Como já disse aqui, a cidade é privilegiada em edificações militares. Aliás, para quem quiser saber mais a respeito eu recomendo a leitura de "Muralhas de pedra canhões de bronze e homens de ferro", do Professor Adler Homero Fonseca de Castro, lançado em São Paulo dia 10 de novembro. A obra traz detalhes da construção das fortificações na cidade do Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro, essas fortificações oferecem vistas privilegiadas da cidade. Ir ao Forte de Copacabana e à Fortaleza de Santa Cruz é um passeio tão imperdível quanto o Pão de Açúcar.
Entretanto, se no Cristo Redentor e no Pão de Açúcar a estrutura para deficientes e pessoas com mobilidade reduzida é muito boa (o que inclui elevador e funcionários preparados), nas edificações militares isso nem sempre acontece. A Fortaleza de Santa Cruz, por exemplo, é tombada pelo IPHAN e as reformas para garantir a acessibilidade são sempre muito complicadas.
O lado bom da história é que o Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet, tem exigido que os projetos de reforma e restauro incluam as questões de acessibilidade. Ou seja: para encontrar patrocinadores para as obras de restauro nos patrimônios, os proponentes precisam encontrar soluções para, mesmo nos prédios tombados, garantir o acesso de todos. É ou não é um motivo para comemorar?
No Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, reformado há pouco tempo pela FUNCEB, já há um elevador e banheiros adaptados.
Claro, ainda há muito a ser feito, e em pouco tempo (afinal sete anos passam muito rápido) mas já é um início e com o incentivo financeiro, creio que muitas coisas ainda virão!
Vamos conferindo!

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