quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Costa do Sauípe X Grand Palladium Imbassaí

Bem, no post anterior falei um pouco sobre minhas decepções com o Grand Palladium, especialmente com o tratamento a minha filha, Sofia, de 07 anos, cadeirante.
Para efeito de comparação, decidi publicar um post aqui, com as vantagens e desvantagens de cada um, sob o meu ponto de vista.

Kids Club/ Mini Clube
Nota dez para a Costa do Sauípe. Nota zero para o Imbassaí.
Na Costa do Sauípe, a programação é seguida, os horários são cumpridos e há monitores suficientes. As crianças são divididas em três faixas etárias (04 a 07 anos, 07 a 09 e de 09 a 12) com programações distintas. Em cada grupo, há monitores suficientes e todas as crianças são muito bem tratados.
Durante a nossa permanência (dezembro/2011), havia outro cadeirante que foi igualmente bem tratado. O menino falava francês, mas a equipe se esforçava para que ele pudesse participar de tudo. Mesmo nos passeios mais distantes (fazendinha, náutica), todos se esforçavam para incluir todas as crianças, que dispunham ainda de um restaurante exclusivo.
No Imbassaí, a programação nunca era cumprida. Os monitores não apareciam no horário e no local previsto e quando chegavam reclamavam que não davam conta do serviço, porque eram poucos. Expressaram claramente que não queriam ou poderiam receber uma criança com deficiência, demonstrando despreparo e desrespeito.
Não havia restaurante exclusivo, apenas uma estação com comidas para crianças, mas os monitores acompanhavam o almoço e o jantar no restaurante principal, Agdá.
O espaço físico do mini clube no Imbassaí também deixava a desejar. Enquanto o Kids da Costa do Sauípe tinha sala de artesanato, jogos, vídeo e piscina própria, o Imbassaí dispõe só de uma sala fechada com piscina de bolinhas. O bar maracanã tem jogos, mas tem mesa de sinuca e é sempre frequentado por adultos, que se empolgam nos jogos e exageram nos palavrões, fazendo do local menos apropriado para crianças.




Piscinas e áreas de lazer
Nota dez para a Costa do Sauípe, Nove para o Imbassaí
NO Imbassaí tem uma piscina exclusiva para adultos, o que é um ponto positivo. Entretanto, há poucas cadeiras para o número de apartamentos e é sempre uma disputa que inicia antes das 07h da manhã. Na costa do Sauípe há diversas piscinas e os hóspedes dos resorts e das pousadas que compram o day pass podem usar as piscinas de todo o resort, criando certa variedade, já que cada resort tem pelo menos duas piscinas.

Praia
Nota oito para os dois.
A paisagem é parecida nos dois resorts. Muitos coqueiros e mar azul, com fortes ondas e de repuxo.
Entretanto, a Costa do Sauípe tem a vantagem de ter diferentes faixas de praia, com mar mais calmo e mais agitado. Já o Imbassaí tem só uma opção e muito mais distante (precisa atravessar uma passarela, a pé ou com carrinho de golf). Ir a praia é bem mais complicado; em compensação, o Imbassaí dispõe de bar na praia e restaurante bem próximo, o que é uma vantagem e tanto em relação à Costa do Sauípe.



Bares e Restaurantes

Nota nove para o Imbassaí, oito para a Costa do Sauípe
Nos dois hoteis, o restaurante principal é um buffet grande, mas na Costa do Sauípe os buffets principais trazem comida sem gosto, com pouco tempero. Além disso, no Sauípe quase sempre há filas, os alimentos que faltam não são repostos e há poucas opções de petiscos. O suco por lá é em pó.
NO Imbassaí o buffet principal traz mais pizzas e estações de massas, há mais variedade e mais sabor. Mas por lá a sobremesa deixa muito a desejar...
No Imbassaí não há limite para agendar restaurantes temáticos. Na Costa do Sauípe, a partir de 07 diárias você tem direito a três reservas nos restaurantes da Villa.
NO Imbassaí, gostei muito do Japonês. Na Costa do Sauípe, gostei das porções fartas e do lanche caprichado da chopperia. Na hora da reserva, ponto para o Imbassaí, onde são feitas pessoalmente. Na Costa do sauípe era preciso paciência para encarar o telefone sempre ocupado...
Nos dois, os melhores drinks eram servidos no bar do lobby. Mas o Imbassaí tinha ainda o Bar Maracanã, com ótimos lanches e porções, aperto das 17h às 07h (abre antes, mas lanches só nesse horário). Então o Imbassaí ganha por trazer mais opções e ainda oferecer cereais no lanche da tarde.


Atendimento
Nota dez para a Costa do Sauípe, sete para o Imbassaí.
A Costa do Sauípe tem um embaixador, o Gui, que responde todas as mensagens no facebook, ouve todos os hóspedes, dá dicas de lazer e acaba tornando tudo mais pessoal. As pessoas lá parecem trabalhar de bom humor.
No Imbassaí, os garçons eram muitos e muito bons. A recepção, por outro lado, deixava a desejar. Mesmo os gerentes eram mal informados e pouco solícitos. Quando precisei falar com o gerente de animação, por exemplo, ele me disse que realmente minha filha não poderia ficar na recepção, mas que abriria uma exceção se ela quisesse participar de Uma atividade. Oi?


Quartos e acomodações
Nota oito para o Imbassaí, Nota nove para a Costa do Sauípe
No Imbassaí, os quartos são mais amplos e banheira de hidromassagem é ótima. Entretanto, as vilas não tem elevador e algumas ficam bem distantes da área central e o caminho é pouco iluminado.
Na Costa do Sauípe, quartos bons, mas não tão novos e amplos. De qualquer forma, todos os resorts tem elevador.
Na Copa do Bebê, o Imbassaí prometia muito - até papinhas nestlè - e não cumpriu nada. Não se achava nem leite no local, mas muita sujeira e fezes de animais.
A Copa do Bebê da Costa do Sauípe era mais simples, mas tinha pelo menos o leite. Papinhas podiam ser encomendadas com horário marcado no restaurante.

Resumo: Voltaria para a Costa do Sauípe (só para o Premium), mas não para o Imbassaí. Para quem tem filhos, a infraestrutura para crianças é um diferencial importantíssimo. Um bom kids club e uma boa copa do bebê garantem pelo menos algumas horas de sossego para os pais, o que é fundamental para garantir o sucesso da viagem.

Saiba mais: Post do Guilherme no blog "Hóspede de Sauípe" sobre a experiência da Sofia no local.

Grand Palladium Imbassaí: grande decepção



Acabei de voltar do Grand Palladium Imbassaí. Passei o natal lá, num grupo de 12 pessoas, entre eles, 4 crianças.

Minha filha de 07 anos é cadeirante e estamos habituadas com resorts, onde normalmente existe acessibilidade e uma boa estrutura de recreação.
Não foi o que encontrei lá. As Villas não tem elevador, mas a infraestrutura é boa, bem acessível, com muitas rampas. Entretanto, no Mini Clube (crianças de 04 a 12 anos) quase não há monitores, eles reclamam o tempo inteiro da falta de funcionários e não respeitam a programação divulgada.




Todos os dias eu olhava a programação e pensava nas atividades que seriam adequadas a minha filha (ela anda com a cadeira, brinca normalmente, lê, escreve, participa de tudo, estuda em escola regular, dança ballet etc etc). Na Costa do Sauípe, ela participou de tudo o que quis. Em todos os outros resorts, foi super bem recebida. No Imbassaí me disseram que ela só ficaria se fosse acompanhada, porque não havia monitores suficientes. Como ela não precisa de ajuda para quase nada, questionei e eles me disseram que ela poderia chorar. A área infantil não tem telefone, não se comunica com os pais e não tem sequer uma ficha para assinarmos o horário de entrada e saída.

Tamanha bagunça e a falta de monitores fez com que todos os outros do grupo não deixassem as crianças no local. Eu insisti que ela participasse de pelo menos uma atividade, para fazer amizade, se integrar às crianças. Pois nessa atividade não queriam deixar ela participar, um absurdo. No hotel havia outra criança cadeirante, que teve o mesmo problema.

Para se ter uma ideia, o coral infantil (cujos ensaios nunca aconteceram no horário previsto) se apresentou no horário da ceia dos adultos. Claro que quase ninguém participou...

Entretanto, friso que o problema não era apenas discriminação ou receio por ela ser cadeirante. Era falta de estrutura geral. A copa do bebê da Vila 12 estava interditada e na copa da vila 11 nunca tinha leite, muito menos papinhas, como prometido.

No último dia, fotografamos fezes de animais (provavelmente ratos) na copa do bebê da Vila 11. Também achamos uma barata na mesa do café da manhã.


Entretanto, nem tudo foi horrososo.
Parafraseando o Ricardo Freire, eu diria que o resort é para você que não tem filhos pequenos, não usa recreação e nem precisa de copa do bebê. Talvez seja bom para casais de meia idade, que curtam caminhadas e gostem mais de um bom quarto do que uma boa praia.

Achei a comida boa e os bares Maracanã, o Dengo e Bossa Nova excelentes. Melhores do que a média dos resorts. O restaurante japonês, apesar do serviço lento, também foi bom. Nas refeições havia muitos garçons e quase todos eram atenciosos. Nesse sentido o serviço não foi tão ruim.

Entretanto, para um resort que cobra diárias acima de R$ 800 em dezembro, se espera muito mais. Em diversos outros resorts, na Bahia, SP ou Rio, onde crianças costumam ter gratuidade, o serviço é infinitamente melhor. Eu não retorno a um local que não tem estrutura para crianças e ainda discriminou minha filha.
Enfim, fiquei muito aborrecida e não indico o hotel para amigos.Para quem está pesquisando um hotel para ir com filhos, sugiro que tire o Grand Palladium de sua lista.


Pontos positivos: Quarto espaçoso, excelente banheiro, mobília nova, ótimos bares no lobby e na praia.
Pontos negativos: poucas cadeiras (sempre ocupadas, 600 quartos para 100 cadeiras), péssimo serviço de recreação infantil, falta tudo - inclusive higiene -