quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Grand Palladium Imbassaí: grande decepção



Acabei de voltar do Grand Palladium Imbassaí. Passei o natal lá, num grupo de 12 pessoas, entre eles, 4 crianças.

Minha filha de 07 anos é cadeirante e estamos habituadas com resorts, onde normalmente existe acessibilidade e uma boa estrutura de recreação.
Não foi o que encontrei lá. As Villas não tem elevador, mas a infraestrutura é boa, bem acessível, com muitas rampas. Entretanto, no Mini Clube (crianças de 04 a 12 anos) quase não há monitores, eles reclamam o tempo inteiro da falta de funcionários e não respeitam a programação divulgada.




Todos os dias eu olhava a programação e pensava nas atividades que seriam adequadas a minha filha (ela anda com a cadeira, brinca normalmente, lê, escreve, participa de tudo, estuda em escola regular, dança ballet etc etc). Na Costa do Sauípe, ela participou de tudo o que quis. Em todos os outros resorts, foi super bem recebida. No Imbassaí me disseram que ela só ficaria se fosse acompanhada, porque não havia monitores suficientes. Como ela não precisa de ajuda para quase nada, questionei e eles me disseram que ela poderia chorar. A área infantil não tem telefone, não se comunica com os pais e não tem sequer uma ficha para assinarmos o horário de entrada e saída.

Tamanha bagunça e a falta de monitores fez com que todos os outros do grupo não deixassem as crianças no local. Eu insisti que ela participasse de pelo menos uma atividade, para fazer amizade, se integrar às crianças. Pois nessa atividade não queriam deixar ela participar, um absurdo. No hotel havia outra criança cadeirante, que teve o mesmo problema.

Para se ter uma ideia, o coral infantil (cujos ensaios nunca aconteceram no horário previsto) se apresentou no horário da ceia dos adultos. Claro que quase ninguém participou...

Entretanto, friso que o problema não era apenas discriminação ou receio por ela ser cadeirante. Era falta de estrutura geral. A copa do bebê da Vila 12 estava interditada e na copa da vila 11 nunca tinha leite, muito menos papinhas, como prometido.

No último dia, fotografamos fezes de animais (provavelmente ratos) na copa do bebê da Vila 11. Também achamos uma barata na mesa do café da manhã.


Entretanto, nem tudo foi horrososo.
Parafraseando o Ricardo Freire, eu diria que o resort é para você que não tem filhos pequenos, não usa recreação e nem precisa de copa do bebê. Talvez seja bom para casais de meia idade, que curtam caminhadas e gostem mais de um bom quarto do que uma boa praia.

Achei a comida boa e os bares Maracanã, o Dengo e Bossa Nova excelentes. Melhores do que a média dos resorts. O restaurante japonês, apesar do serviço lento, também foi bom. Nas refeições havia muitos garçons e quase todos eram atenciosos. Nesse sentido o serviço não foi tão ruim.

Entretanto, para um resort que cobra diárias acima de R$ 800 em dezembro, se espera muito mais. Em diversos outros resorts, na Bahia, SP ou Rio, onde crianças costumam ter gratuidade, o serviço é infinitamente melhor. Eu não retorno a um local que não tem estrutura para crianças e ainda discriminou minha filha.
Enfim, fiquei muito aborrecida e não indico o hotel para amigos.Para quem está pesquisando um hotel para ir com filhos, sugiro que tire o Grand Palladium de sua lista.


Pontos positivos: Quarto espaçoso, excelente banheiro, mobília nova, ótimos bares no lobby e na praia.
Pontos negativos: poucas cadeiras (sempre ocupadas, 600 quartos para 100 cadeiras), péssimo serviço de recreação infantil, falta tudo - inclusive higiene -







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