sábado, 9 de abril de 2011

Instruções para a liberdade

Comecei a ler o livro Comer, Rezar, Amar em busca de informações sobre Roma. Adoro livros que contem viagens, por isso decidi vencer meu preconceito contra bestsellers e decidi encarar.
Bem, em primeiro lugar tenho que dizer que meu problemas com bestsellers é antigo. Sigo a lógica de que o que é muito vendido é muito ruim. Afinal, a fórmula do sucesso é escrever textos simplistas, o que reduz as chances de um bom texto. Para vender muito é preciso escrever historinhas de amor com final feliz, ou histórias para adolescentes, o que normalmente não me agrada muito.
Por esse motivo, demorei a ler O caçador de pipas, assim como A menina que roubava livros e O Guardião de Memórias. Embora, quando os lera, tenha gostado muito.
O Caçador de Pipas usa um tema que atrai o interesse geral: o sofrimento no Oriente, envolvendo uma criança, com a guerra com a questão política (a guerra, o 11 de setembro) como pano de fundo. No segundo, muda a localização, mas não a forma de envolver: uma guerra, uma criança, sofrimento... Mesmo assim, gostei dos dois livros.
Voltemos ao Comer, Rezar, Amar. A parte de Roma não me despertou muito interesse. A cidade é pano de fundo, pouquíssimo explorada: a comida é o tema principal e daí, sim, consegui algumas dicas anotadas em meu caderninho para a viagem de junho.
Foi na segunda parte do livro, entretanto, que me identifiquei mais... Na busca pelo autoconhecimento, um amigo dá à Liz um papel com "instruções para a liberdade". Ele a havia levado até um lugar bem alto, de onde era possível se ver como uma parte do infinito, do universo, e contemplar sua beleza.
Reproduzo aqui alguns trechos dessas"instruções", que pretendo repetir, como um ritual, no Corcovado. Afinal, eu também preciso me livrar de alguns fantasmas.

1. As Metáforas da vida são as instruções de Deus.
2. Você acaba de subir até o topo do telhado. Não há nada entre você e o infinito. Agora, liberte-se.
3. O dia está terminando. É hora de alguma coisa que foi bonita se transformar em outra coisa que também seja bonita. Agora, liberte-se.

(...)
10. Quando o passado finalmente tiver saído de você, liberte-se. Depois desça e comece o resto da sua vida. Com grande alegria.

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Fica a dica: é uma história de uma mulher escrita para mulheres, com todas os clichês que isso implica. Mesmo assim, vale a leitura!

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